Blog criado com o objetivo de socializar reflexões, informações, impressões, experiências, discussões, registros (gráficos, imagéticos, sonoros) e descobertas sobre educação, comunicação e tecnologias.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Alfabetização, letramento e...
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Tecnologia e tecnologia assistiva
Reflexões sobre software livre, ética hacker e prática docente
HIMANEN, Pekka. A ética dos Hackers e o espírito da era da informação; a importância dos exploradores da era digital. Tradução de Fernando Wolff. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
terça-feira, 29 de maio de 2012
A Inclusão digital e o hiato entre a sociedade e a escola
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Inter...ATIVIDADE
Reflexões sobre objetos de aprendizagem
TAROUCO, Liane M. R. et al. Alfabetização visual para a produção de objetos educacionais. Disponível em: < http://www.cinted.ufrgs.br/renote/set2003/artigos/artigo_anita.pdf>. Acesso em:
15 fev. 2006.
terça-feira, 3 de abril de 2012
Sobre a cultura das mídias...
A leitura do texto de Santaella (e depois lendo mais alguns ainda que não aprofundadamente, por enquanto) trouxe-me inicialmente a sensação de que ela se preocupou em “atender” algumas das nossas (minhas especialmente) necessidades de compreender conceitos e expressões ditas básicas nessa sociedade contemporânea ou da informação. Como ela mesma afirma, as reflexões do texto, fundamentadas no seu livro “Culturas e Artes do Pós-Humano: da cultura das mídias à cibercultura”, publicado em 2003, são tentativas de, enquanto pesquisadora, gerar conceitos e ajudar a compreender as complexidades desta realidade em constante mutação.
As discussões travadas nas aulas de Bonilla sobre cibercultura, cultura digital ou cultura das mídias vão ganhando corpo à medida que as leituras se aprofundam. Em Santaella, percebe-se algumas explicitações (ou apenas citações) conceituais a exemplo da definição de cultura das mídias que aparece como cultura intermediária entre cultura de massas (mass media) e cultura virtual ou cibercultura - note-se que cultura virtual e cibercultura tem, aqui, a mesma definição. Para ela, “a cultura virtual não brotou diretamente da cultura de massas, mas foi sendo semeada por processos de produção, distribuição e consumo comunicacionais a que chamo de “cultura das mídias”.
A polissemia e hibridismo da linguagem exercem um papel fundamental no processo de passagem da cultura das mídias à cibercultura. A linguagem é um elemento fundamental no processo de apropriação dos signos e de mediação entre os sujeitos. Vygotsky, muito antes dessas discussões “ciber” abordava a importância de compreender a linguagem tendo em vista que além de exercer funções de comunicação, ela é essencial no processo de transição do interpessoal em intramental; na formação do pensamento e da consciência; na organização e planejamento da ação; na regulação do comportamento e, em todas as demais funções psíquicas superiores do sujeito. Essas diversificações refletem-se nas multiplicidades de mídias que criamos, conhecemos e conheceremos.
Há ainda no texto, outros conceitos e abordagens interessantes como o paradigma informacional - compreendido de forma mais global, em que a informação está posta como instrumento de poder e moeda corrente / de troca; a sblevação cultural, a tecnologia do microchip, a cultura do pós-humano, nanotecnologia, a vida ciborg, tecnologia X mercado e mais alguns que são apenas a ponta desse iceberg digital tecnológico, mas que ficarão para uma outra oportunidade, uma outra postagem.
Deixo, antes de me ir, uma provocação, a partir de reflexões sobre as influências das mídias na cultura e, portanto, na sociedade. Afinal, o homem é produto da mídia ou a mídia é produto do homem?
terça-feira, 27 de março de 2012
Ainda... a Cibercultura!
A alquimia era (ou é) uma prática da antiguidade que tinha como base combinar os elementos da astrologia, antropologia, filosofia, matemática, misticismo,... e da química com a finalidade de transmutar os elementos (metais mais inferiores em ouro, por exemplo) para alcançar dentre outras coisas, o elixir da longa vida. Metaforicamente falando, essa transformação de elementos mais inferiores em ouro relaciona-se a uma mudança de consciência, como o resultado de um processo evolutivo.
No mundo da cibercultura ou no cibermundo uma alquimia digital, mais uma vez usando uma metáfora, permite recombinar, mesclar elementos, reproduzir, produzir, socializar, expandir, distribuir... transformando as relações entre o humano e os artefatos tecnológicos e culturais e entre o homem e ele mesmo, criando, segundo Lemos os territórios informacionais, especialmente com a expansão das tecnologias móveis (comunicação sem fio).
A sociedade é híbrida desde sempre. Mutações culturais são históricas. As reconfigurações, justaposições, aglutinações, mesclagens, apropriaçoes,... são características do campo da cultura que não é e nem pode ser inflexível, impermeável a outras formas de cultura. E é essa permeabilidade que mantem a cultura e a sociedade vivas, dinâmicas, interessantes.
Lemos apresenta três princípios norteadores da cibercultura: um primeiro é a liberação do pólo da emissão, uma descentralização na produção e emissão de informações, especialmente com o boom dos blogs, redes sociais e das multimídias, como o celular (tele tudo), o que Corrêa cita como ubiquidade; uma segunda lei é a conexão, princípio fundamental para a difusão dos saberes. Na cibercultura, não basta produzir, é fundamental publicar, compartilhar. Neste caso, a rede (internet) exerce um papel visceral. É graças a ela, e daí a luta pela universalização do acesso à web de qualidade (banda larga), que torna possível que o indivíduo seja um comunicador, um difusor de informações e conhecimentos. Aqui vai uma crítica à lentidão e descaso das políticas públicas que preocupam-se em dotar as escolas com tecnologia (tablets, PC ou UCA, por exemplo), mas não provem a infraestrutura para a conexão. Qual o sentido desses projetos ou programas na cibercultura?
E por fim, o terceiro princípio apresentado pelo autor é o da reconfiguração da indústria cultural de massa, para a cultura infocomunicacional. O que há, portanto, é uma reformulação e não o fim da cultura massiva.
E a cibercultura é, por tudo que se tem estudado e vivenciado, um território rico de possibilidades de recombinações, de estabelecimento de novos saberes e vivências, e por que não dizer, de alquimias!?
segunda-feira, 26 de março de 2012
domingo, 25 de março de 2012
quinta-feira, 22 de março de 2012
Os dilemas da pós-modernidade
terça-feira, 13 de março de 2012
Bauman e a Modernidade Líquida
O dinamismo e flexibilidade da modernidade imediata assemelham-se à leveza e fluidez dos líquidos que não “fixam o espaço e nem prendem o tempo”, antes porém se adaptam e se moldam conforme o recipiente no qual estejam contidos, suplantando, segundo Bauman, a modernidade sólida, inflexível e presa ao espaço e à forma inicial, necessitando de forças para se moldar a novas formas. Essa transição trouxe mudanças em todos os aspectos da vida, alterando as relações sociais e a vida em comunidade.
A análise dessa liquidez é feita pelo autor em cinco capítulos que abordam os seguintes tópicos: a emancipação, a individualidade, o tempo e espaço, o trabalho e a comunidade.
No capítulo que trata do tempo e espaço, Bauman, faz uma análise da vida (o estar juntos) em comunidade – a “última relíquia das utopias”. Vida esta, nos dias de hoje, protegida por cercas, câmeras, guardiões,... e recheada de ações, inclusive iniciativas públicas, de tornar cada vez mais os lugares mais seguros, entretanto menos livres.
A relação entre os seres é permeada pela insegurança e pela sensação de conspiração, tornando o bem estar e “o viver juntos” uma utopia a ser conquistada. A cidade não passa de um aglomerado onde acontecem os encontros sem passado e sem futuro, de pessoas estranhas que não tem nenhum compromisso e afinidade e que talvez nunca virão a ter.
O espaço, ainda que de forma simplista é entendido como aquilo que se pode percorrer em determinado tempo e o “tempo” pode ser compreendido como o que se precisa para percorrer este espaço. O tempo, associado naturalmente a uma história, delineia a modernidade e esta quanto mais líquida e fluida amplia os espaços com o desenvolvimento de softwares e máquinas e faz com que cada vez mais caibam coisas dentro do tempo.
A vida humana parece balizada sempre entre dois parâmetros ou dois pilares, que muito mais se opõem ou contradizem do que se completam: o passado e o futuro, o bem e o mal, o permitido e o proibido, o seguro e o inseguro, o durável e o transitório,... Mas há que se considerar que viver numa modernidade líquida requer mais que flexibilidade e dinamismo; implica em contribuir para que a vida em si, com seus muitos afazeres, não perca sua utilidade e seu sentido.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Tradução: Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Zahar, 2001 (prefácio e cap. 3).